Biblioteca Pública Municipal
"Prof. Fausto Ribeiro de Barros"

Biblioteca Pública Municipal
" Prof. Jayme Monteiro"


quinta-feira, 31 de março de 2011

SACOLA DA LEITURA

A partir de sexta-feira, 01 de abril, estarão circulando pelas ruas da cidade as Sacolas da Leitura.
A Sacola da Leitura é uma iniciativa da Biblioteca Pública Municipal “Prof. Fausto Ribeiro de Barros” e da Oficina de Criação da 1ª Casa de Penápolis, com o objetivo de difundir o hábito de leitura, formar novos leitores e propiciar o acesso direto ao livro em vários locais da cidade.
Essa idéia é inspirada no bookcrossing, prática difundida nos Estados Unidos e Europa que já conta com mais de 600 mil participantes em cerca de 130 países. Criado pelo programador Ron Hornbacker em 2001 como forma de rastrear livros pela internet, o bookcrossing virou um fenômeno que ultrapassa barreiras geográficas e até mesmo temporais.
A idéia é realmente libertar o livro, deixar que muitas pessoas tenham acesso a ele de uma maneira mais fácil, criando em nossa cidade, uma grande biblioteca aberta em vários pontos: praças, bancos de igrejas, bares, lanchonetes, lojas, clubes, hospitais, salas de esperas de dentistas, médicos, creches, escolas, e uma multiplicidade de lugares que freqüentamos no nosso dia-a-dia, além de evitar o descarte de obras duplicadas em excesso no acervo da biblioteca.
As sacolas de leitura estarão disponíveis ao leitor que as encontrar e os passos para a participação efetiva no projeto são apenas dois: ler e novamente libertar o livro, colocando-o em outro ponto da cidade ou emprestando-o para outra pessoa que deseje lê-lo, sempre dentro da sacola.
As sacolas que carregam os livros foram doação da Canta Claro e o apoio ao projeto vem das Secretarias de Educação e de Cultura da Prefeitura Municipal de Penápolis.

Abraço, até mais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Atividades da Biblioteca

Segundona brava...
Como programado, recebemos nossos amigos para falar um pouco sobre inclusão de deficientes visuais e algo mais.
Para começar bem a semana tocamos uma música do Almir Sater, Tocando em Frente.
Depois lemos algumas poesias de Vinícius de Moraes e papeamos sobre como é o cotidiano de uma dona de casa com deficiência visual.
Foi super legal e produtivo.

Tocando em Frente
Almir Sater

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Sinto que seguir a vida
Seja simplesmente
Conhecer a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz.


Até mais.

sexta-feira, 25 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

A leitura vale a pena

Recentemente ouvimos de uma educadora que as pessoas não gostam de ler, não se interessam.
Justamente os educadores deveriam ser fontes de estímulo à leitura e não de conformismo com o senso comum.
Hoje, em uma roda de conversa com o pessoal da Terceira Idade que frequenta o Telecentro em um projeto da Biblioteca de inclusão digital, fizemos a leitura de um texto maravilhoso de Vinícius de Moraes e todos se interessaram, comentaram e foram para casa, certamente, com um sopro de vida e amor em seus corações.
Deixando de lado as teorias sobre mediação, livro e leitura...a leitura realmente vale a pena?
Vale a pena nos emocionarmos com histórias que não vivemos, com lugares que não conhecemos pessoalmente e com personagens que nem sabemos se realmente existiram?
Valeu a pena para os senhores e senhoras que ouviram esta manhã a prosa poética de Vinícius voltar para casa com vontade de viver ainda mais e procurar na internet (coisa antes desconhecida) outras poesias, outros contos  e crônicas para uma nova vida?
Nós aqui dizemos: Sim, as pessoas gostam de ler!
Sim, a leitura vale a pena!
Só precisa ser bem apresentada e fazer parte do cotidiano, do comum.
Ler não é privilégio, é fascinação.

A leitura vale a pena! Sempre.

Abraço, até mais.


Segue a prosa de Vinícius.


Para Viver Um Grande Amor

Vinicius de Moraes

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.


Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Encontros de inclusão

Aconteceu nesta segunda-feira, dia 14, o primeiro de uma série de encontros de um grupo de deficientes visuais que se propuseram a aprender computação, realizar rodas de leitura e bater altos papos inclusivos aqui na Biblioteca Municipal.
Os encontros acontecerão às segundas-feiras, das 9h às 10h e são abertos aos interessados.
No primeiro encontro fizemos a leitura de um texto e discutimos as necessidades de um deficiente visual.
Foi muito produtivo e interessante!


Abraço até mais!

terça-feira, 15 de março de 2011

Oficina de Poesia com o CAPS

Olá pessoal, como vão?
Começou nesta terça-feira a Oficina de Poesia com o Centro de Atenção Psico-social (CAPS) aqui na Biblioteca. 
Os participantes fizeram leituras de grandes nomes da poesia nacional e também declamaram seus próprios poemas. Foram momentos descontraídos e produtivos.
Nesses encontros serão produzidas e declamadas poesias que farão parte da programação de um Sarau Literário encerrando as atividades do grupo.
Aguardem!

Abraço, até mais.