A Dica do Leitor dessa semana fica por conta de:
Vanessa Zordan
Professora
Editora : Rocco
Você gostou de lê-lo?
“Clarice na cabeceira” é um livro de contos organizado por Teresa Montero. Como o nome sugere, fala da querida e inimitável escritora Clarice Lispector. De cara já achei bárbaro o nome, não só por sugerir cabeceira (cama), ou seja, algo a se ter sempre à mão, ali por perto, como por trazer somente o primeiro nome da escritora. Essa ideia de proximidade com o ser lido e admirado me é muito atraente, pois realmente nossos escritores preferidos acabam se tornando nossos amigos íntimos. Para mim, Clarice Lispector é a Clarice, e ponto.
O que a obra tem de interessante?
Só de ser um livro de contos dela (escritora ucraniana que chegou ao Brasil com dois meses de idade, cresceu em Maceió, passou a juventude e formou-se em Direito no Rio de Janeiro, trabalhou como jornalista e teve uma brilhante carreira literária, sendo uma de suas obras mais famosas, só para ambientar quem não conhece muito, o livro “A hora da estrela”), já valeria a leitura. Mas as surpresas não pararam por aí. A organizadora Teresa teve o cuidado de reunir grandes nomes da literatura, música e televisão (da última, as que ainda possuem um pouco de crédito) que são fãs de Clarice, e indicam o seu conto preferido através de uma apresentação. Assim, podemos nos deliciar com os depoimentos de Adriana Falcão, Adriana Lisboa, Afonso Romano de Sant’Anna, Artur Xexéu, Benjamin Moser, Beth Goulart, Carla Camurati, Carlos Mendes de Sousa, Claire Willians, Cora Rónai, Fernanda Takai, Fernanda Torres, José Castello, Letícia Spiller, Luís Fernando Veríssimo, Luiz Fernando Carvalho, Lya Luft, Malu Mader, Maria Bethânia, Marina Colasanti, Mônica Waldvogel e Rubem Fonseca, e em seguida conhecer os contos na íntegra.
Por que você recomenda lê-lo?
Espero que tenham gostado, adorei dividir uma das minhas paixões com vocês nessa página, e agradeço ao pessoal da Biblioteca Municipal pelo convite! E só para encerrar e incentivar ainda mais a leitura dos contos da Clarice, encerro com um trecho do depoimento da escritora Adriana Falcão: “Gosto quando Clarice chega assim e me dá uma rasteira.”
Beijos a todos!