Biblioteca Pública Municipal
"Prof. Fausto Ribeiro de Barros"

Biblioteca Pública Municipal
" Prof. Jayme Monteiro"


quarta-feira, 12 de maio de 2010

O Filho Eterno*

No dia 09 de junho, às 19h, o autor Cristovão Tezza estará na Biblioteca Municipal de Penápolis pelo Programa Viagem Literária.
O texto a seguir fala um pouco de seu livro "O filho eterno".

“O filho eterno”, de Cristovão Tezza, é um daqueles raros livros que podemos chamar de fundamentais. No sentido mais preciso do termo: é uma obra que desvenda os fundamentos, os alicerces de uma vida. De duas vidas, no caso: o pai e o filho. Duas vidas imersas no tempo, e com visões descontínuas do passado, presente e futuro.

O elemento autobiográfico está presente, de uma forma ou outra, na vida de todo escritor. Em “O filho eterno”, o caráter confessional é absoluto. Tezza fala sobre o filho Felipe, nascido há 26 anos, portador da síndrome de Down.

Catarinense radicado em Curitiba, Cristovão Tezza já havia revelado a segurança e a técnica de um bom contador de histórias em livros como “Trapo”, “Aventuras provisórias”, “O fotógrafo” e “Breve espaço entre cor e sombra”. No novo livro, ele usa toda experiência de ficcionista para retratar uma situação real, sem qualquer vestígio de idealismo.

Tezza consegue contar uma história de amor sem necessidade de pronunciar a palavra. Um autor menos hábil, diante do mesmo tema, descambaria para o sentimentalismo ou o proselitismo politicamente correto. Para felicidade dos leitores, “O filho eterno” jamais se permite ser piegas ou retórico. O que torna a emoção provocada pela história ainda mais profunda e – insisto na palavra – fundamental.

O pai de Felipe é um anti-herói que descobre a si mesmo na tentativa de responder aos enigmas do destino. “Parece que o pai havia entrado em um outro limbo do tempo, em que o tempo, passando, está sempre no mesmo lugar”, diz o narrador, pouco antes de observar que o filho vive todas as manhãs o sonho do eterno retorno.

Ao seguir o conselho do oráculo de Delfos – “Conhece-te a ti mesmo” – o pai de Felipe encontra o que há de mais eterno: o amor.

* extraído do site www.cristovaotezza.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário