No dia 09 de junho, às 19h, o autor Cristovão Tezza estará na Biblioteca Municipal de Penápolis pelo Programa Viagem Literária.
O texto a seguir fala um pouco de seu livro "O filho eterno".
O elemento autobiográfico está presente, de uma forma ou outra, na vida de todo escritor. Em “O filho eterno”, o caráter confessional é absoluto. Tezza fala sobre o filho Felipe, nascido há 26 anos, portador da síndrome de Down.
Catarinense radicado em Curitiba, Cristovão Tezza já havia revelado a segurança e a técnica de um bom contador de histórias em livros como “Trapo”, “Aventuras provisórias”, “O fotógrafo” e “Breve espaço entre cor e sombra”. No novo livro, ele usa toda experiência de ficcionista para retratar uma situação real, sem qualquer vestígio de idealismo.
Tezza consegue contar uma história de amor sem necessidade de pronunciar a palavra. Um autor menos hábil, diante do mesmo tema, descambaria para o sentimentalismo ou o proselitismo politicamente correto. Para felicidade dos leitores, “O filho eterno” jamais se permite ser piegas ou retórico. O que torna a emoção provocada pela história ainda mais profunda e – insisto na palavra – fundamental.
O pai de Felipe é um anti-herói que descobre a si mesmo na tentativa de responder aos enigmas do destino. “Parece que o pai havia entrado em um outro limbo do tempo, em que o tempo, passando, está sempre no mesmo lugar”, diz o narrador, pouco antes de observar que o filho vive todas as manhãs o sonho do eterno retorno.
Ao seguir o conselho do oráculo de Delfos – “Conhece-te a ti mesmo” – o pai de Felipe encontra o que há de mais eterno: o amor.
* extraído do site www.cristovaotezza.com.br
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